Hoje o dia estava frio e nublado, mas muito claro. Uma luz inacreditável iluminava Paris de tarde. Aproveitei para conferir a mostra DE MIRÓ À WARHOL, da coleção Berardo que está no Museu de Luxemburgo. Está todo mundo comentando por aqui.
Fiquei decepcionado. Quero dizer, quase decepcionado. Salvo um incrível Frank Stella que reina na sala principal. E claro, o cartaz que é lindo, numa composição pinky. A curadoria de André Cariou está impecável, muitas obras expostas são de boas séries, porém não as melhores das séries. O Andy Warhol mesmo não é dos mais impressionantes.
Talvez isso tenha acontecido pelo excesso de propaganda e também pelo lugar... Impossível concorrer com os Jardins de Luxemburgo. Depois de atravessar os jardins (os mais lindos do mundo na minha opinião) e entrar no museu, tudo parece pouco. Saí do museu e voltei aos jardins para caminhar sem pressa e contemplar o tempo.
Uma estranha lucidez. Lembrei-me na hora de conversas intermináveis sobre o assunto com um grande amigo. "Lucidez é enxergar a vida sob vários ângulos, do ponto de vista do observador, do observado e da 3ª pessoa. Você está dentro e fora ao mesmo tempo, numa ampliação consciencial inconcebível para essa atualidade em que vivemos. A própria palavra lucidez perde o seu significado primeiro."
S.T.U.
A próxima vez que eu visitar alguma mostra no Museu de Luxemburgo, vou entrar pelo portão exclusivo do museu, e visitar os jardins somente depois.
I LOVE JEFF KOONS II
Ao contrário do Museu de Luxemburgo, a intervenção de Jeff Koons em Versailles é impressionante. O contraponto contemporâneo de seu trabalho com a arquitetura e decoração clássica do Palácio é bem poético. Adorei o Michael Jackson inteiro de porcelana. Super!
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